terça-feira, 5 de agosto de 2008

Rio de Janeiro: um Centro Musical de Qualidade Internacional


D. João era um instrumentista, compositor e apreciador da música sacra assim como seu pai, e é por esse motivo que sempre incentivou a música como arte, uma arte estimulante e acessível a todos independente de sua condição social. Além da música, D. João estimulou também a ópera, o balé e outras modalidades de música “profana”. Desse modo, rompeu-se a hegemonia da música religiosa, existente desde os autos jesuíticos de catequese, e cujo ponto máximo está nas obras dos compositores mineiros setecentistas.
Foi com as obras sacras, no entanto, que começou a modernização da atividade musical brasileira. Iniciada com a reorganização da Capela Real, sob a direção do padre José Maurício Nunes Garcia, foi admirada por todos e, tendo um excelente coral, foi motivo de comparação entre os melhores grupos musicais da Europa. Por essa época, vários artistas importantes dirigiam-se ao Rio de Janeiro atraídos pela efervescência cultural da cidade.
Em outubro de 1813, a vida musical da Corte ganhou grande estímulo com a inauguração do Teatro São João, dirigido por Marcos Portugal, na praça do Rossio, atual praça Tiradentes no Rio de Janeiro, onde hoje está o Teatro João Caetano. Este teatro foi transformado em um grande templo da música, envolvendo vários estilos de música e dança, como a “modinha”, canção romântica de salão acompanhada por cravo, piano ou violão, e constituiu um ponto obrigatório para o público elegante e para todas as pessoas que desejavam mostrar certo destaque social.

Pesquisado pelo aluno Petry.

Fontes bibliográficas:
- Enciclopédia Brasil 500 Anos. Editora Abril.
- Gomes, Laurentino. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil / Laurentino Gomes. -- São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007

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